Resenha | To hate Adam Connor, de Ella Maise

06 de outubro de 2020 Renata Pamplona

 


Uma estrela de Hollywood pode quebrar uma maldição?

Sinopse: Você pode se perguntar: quem é Adam Connor? Ele é o ator premiado da Academia e recentemente divorciado que acabou de se mudar para a casa vizinha com o filho. Também é um homem extraordinário e o desgraçado mais espertinho e enfurecedor com quem já me deparei.
Vamos ser sinceras aqui, você não iria xeretar por cima do muro para vê-lo, com esperança de que estivesse nu? Não se derreteria depois de observá-lo se exercitando enquanto seu filho de cinco anos o aplaudia? Preciso mencionar aquele abdome, a protuberância enorme em sua calça ou aquele braço erótico? Ah, espere, você nunca o espiaria? Seeeiii…
Enquanto eu estava pensando em não invadir e só considerando lhe oferecer um ombro — ou talvez um peito ou dois — no qual chorar (sabe, por causa do divórcio), ele me colocou na cadeia depois de um pequeno incidente. Cadeia, galera! Era para ele me garantir infinitos orgasmos como agradecimento, não uma cela na prisão.
Após esse dia, eu estava planejando mentalmente formas de estrangulá-lo em vez de pular em seu colo e fazer amor gostoso. E daí que meu corpo fazia mais do que estremecer quando ele sussurrava coisas safadinhas no meu ouvido? Não posso ser responsável por isso. E quando foi a última vez que ele tinha beijado alguém, de qualquer forma? Quem iria gostar de um beijo que poderia causar infarto?
Mesmo que ele e seu filho fossem as melhores coisas desde a invenção do pão de forma — e não estou dizendo que ele era —, eu não podia me apaixonar por ele. Não importava quais promessas ele sussurrasse em minha pele, minha maldição não nos deixaria em paz. Eu não era uma donzela em perigo — podia salvar a mim mesma, muito obrigada —, porém, lá no fundo, ainda torcia para Adam Connor ser o herói da minha história.

Eu realmente não sabia onde estava me metendo quando coloquei To hate Adam Connor na lista do #setembrohot desse ano. A Carol já tinha lido, gostou, mas não compartilhou muitos detalhes e teve que reler o livro para a nossa live.
Acabou que eu amei o livro! A Lucy é uma personagem que apesar de nova na idade, já passou por muita coisa. Em especial, muita palhaçada mal resolvida da família de sangue dela. Chegou em um ponto que ela acredita ser amaldiçoada. Nada de amor e feliz para sempre para Lucy. Nenhuma mulher de sua família já conseguiu tal feito.
Adam acabou de sair de um casamento onde todos os holofotes estão seguindo cada um dos seus passos. Ainda tem a questão da guarda do seu filho, um pequeno ser humaninho adorável.
Lucy acabou de sair de um uma roubada de relacionamento: O ex, com quem ela foi morar, foi embora ao aceitar um emprego em outra cidade e eles terminaram. Também terminou o contrato de aluguel e ela está desempregada e sem teto. Ainda bem por melhores amigas que são como irmãs, não é? Olive (protagonista de To Love Jason Thorn) oferece um quarto para Lucy e um emprego temporário: agir como sua agente literária.
Mas a nossa protagonista é uma figura! Ela fala contigo, leitora, o tempo todo. Ela está indignada com o término e te conta exatamente como foi parar nos peitos gostosos da melhor amiga. No 1% do e-book eu já tinha lido a variação PAU / PAUZÃO umas seis vezes e segue assim o livro todo. Ela é uma desbocada e a amo por isso. 
Eu acredito no amor. Do fundo do meu coração. É sério, não balance a cabeça desse jeito. Eu acredito, sim. Consigo imaginar as pessoas que me conhecem dando risadinha. Pois bem, não façam isso. Não tem a menor necessidade e, sinceramente, é meio grosseiro, não acham?
Um final de semana quando Olive e Jason a deixam em casa sozinha ela se vê em cima da escada que dá pro muro do vizinho espionando um Adam sem camisa, mas um incidente acontece com o filho dele e quem está lá para resgatá-lo? A vizinha intrometida: Lucy, mas ele pensa que ela é uma invasora e paparazzi já que quando tem o celular confiscado pelo celular do guarda-costas dele, o aparelho está cheio de fotos do Adam sem camisa (você também tiraria uma com esse vizinho!).
Não faça essa cara. É só para ele poder chorar, sabe? Meus adoráveis peitos não são tão confortáveis quanto os seus, mas ainda assim uso sutiã 44, e eu seria bem delicada com ele. Faria carinho na cabeça dele, acomodaria ele na cama, talvez o aquecesse se ele sentisse frio depois de chorar. Compartilhar calor corporal é um processo muito importante. Poderíamos nos aconchegar embaixo das cobertas... brincar de esconder o pepino para deixá-lo animado.
Depois de umas horas na prisão, tudo que Lucy quer do gostosão é vingança! Mas o fofo do filho dele tem uma carinha linda demais para ser ignorada e Lucy acaba com outro trabalho temporário: companheira do ser humaninho algumas horas por dia.
Papo vai, papo vem, Adam percebe que Lucy está muito quebrada emocionalmente para começar alguma coisa e ele tem toda a questão divórcio / guarda legal do filho, mas está disposto a esperar por essa mulher se curar um pouco e abrir um espaço em seu coração.
Uma das coisas mais gostosas é nos dias que se passam eles são implacáveis em um jogo irresistível de gato e gato. Não, eu não errei. Não há rato aqui. Talvez um gado e esse gado é o Adam, mas amamos machos-gado por mulher nesse site.

Nunca mais vou dizer “eu te amo” para nenhum cara. Pode escrever o que estou dizendo. Assim que dizemos “eu te amo”, a coisa desmorona. Estou de saco cheio disso. Não me importa se ele for um deus na cama, nem se tiver um pauzão de trinta centímetros. Chega de falar “eu te amo”.

To hate Adam Connor é um exercício de amor. Às vezes as coisas não começam bonitas, mas podem se tornar um inspiro de ar puro em um dia de queimadas. Adam é aquele personagem que facilmente pode se tornar um dos seus novos namorados literários favoritos (impossível escolher um) e Lucy é aquela personagem que todas podemos nos ver: será se eu desisti realmente do amor ou isso está dormente em mim? Para aquelas sem resposta, esse é o livro para você.

Não seja chata; flua como uma cachoeira, calma e feliz. Ruja para a vida. Na vida. Não se feche; seja livre como uma gota de chuva. E o mais importante de tudo: viva.

To hate Adam Connor
Autora: Ella Maise
Editora: Charme
Lançamento: 22 de Maio de 2020
Modelo / Páginas: E-book / 391
Compre na Amazon a edição física ou e-book (ou assine o Kindle Unlimited e leia por lá)
Sobre a autora Ella Maise:
De Valberg (Suécia), Ella diz em seu perfil no goodreads que escrever é sua felicidade e espera que seus livros nos alegrem também.

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