A gente nunca esteve só
Arlindo é um garoto cheio de sonhos e vontade de encontrar seu lugar no mundo. Tudo o que ele quer é seguir sua vida de adolescente na cidadezinha onde mora, no interior do Rio Grande do Norte. Ele aluga filmes na locadora com as amigas todo sábado, sente o coração bater mais forte pelas primeiras paqueras, canta muito Sandy & Júnior no chuveiro, e ainda cuida da irmã mais nova e ajuda a mãe a fazer doces para vender.
Por mais que ele se esforce e dê o seu melhor, muita gente na cidade não aceita Arlindo — o que traz uma série de problemas na escola e até mesmo dentro de casa. Aos poucos, porém, ele vai perceber que vale a pena lutar para ser quem ele é, ainda mais quando tem tanta gente com quem contar.
Com um traço divertido, cores vibrantes e um monte de referências aos anos 2000, esta história em quadrinhos que já conquistou milhares de fãs na internet fala sobre encontrar forças nas pessoas que a gente ama e dentro de nós mesmos.
Arlindo virou a webcomics mais famosa do twitter em 2019/2020, em meio a isolamentos social por conta do COVID, esperar toda terça por uma página nova dele era o que acalentava os nossos corações nesse momento mais difícil. Mesmo que página da semana também fosse um pouco triste.
Ele é um típico adolescente dos anos 2000, nascido no interior do Rio Grande do Norte, onde dividia seu tempo entre escola, ir a locadora de filmes, ajudar a mãe nas encomendas de doces e escutar Sandy & Jr.
Arlindo passa por momentos muito duros na adolescência, em que precisa acreditar em si mesmo, e muitas vezes brigar para que seja aceito tanto dentro quanto fora de casa. Na maioria das vezes não era fácil.
Cheio de referências nostálgicas do anos 2000, quem foi adolescente nessa época vai se pegar rindo e as vezes até chorando de pequenos detalhes que são muito importantes para a história.
A importância da família e principalmente da rede de apoio é o que a história tenta te mostrar em páginas marcantes e muitas vezes de tirar o fôlego, que você vai precisar parar e respirar um pouco antes de seguir com a leitura.
Essa história definitivamente todo mundo deveria ler.
Agora o que falar desses traços marcantes da Lu? Você consegue identificar de longe que é uma arte dela, muito expressivo e tocante. principalmente o jogo de cores que ela optou para usar, basicamente a história é toda em amarelo e rosa, com alguns traços de preto, branco e cinza.
Fora todo o cuidado com a edição, desde a impressão a capa que foi pensada para que todo LGBTQIA+ possa ter em casa, sem que lhe cause algum problema.
Fiquei muito feliz de fazer parte desse sonho, de ter Arlindo físico finalmente em mãos.
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